Rachel Brathen, é considerada a instrutora de Yoga mais conhecida em todo o mundo. Nasceu na Suécia mas foi na Tailândia que conheceu o Yoga, aos 17 anos. A 1ª aula internacional que deu foi em Orlando (Califórnia). Com apenas 25 anos, já deu workshops em eventos e festivais por todos os Estados Unidos, Canadá, Caraíbas, América Central, Brasil, Escandinávia e praticamente todos os países do norte da Europa. Ensinou no maior festival de Yoga do mundo. Gravou um DVD. Viajou por todo o mundo para se reunir com executivos e falar da sua marca. Foi entrevistada na televisão. Fez uma demonstração de Yoga em palco com os reis da Holanda (em direto para a televisão) para 10 000 pessoas.
Iniciou a prática espiritual antes de se iniciar no caminho do Yoga. Hoje, pratica Yoga diariamente e um dos seus mantras principais é: “o amor acima do medo”. Rachel, criou uma regra: “sempre que sinto aquele aperto de medo no estômago, é porque tenho de fazê-lo.” E, assim, ao avançar de medo em medo, sobrepondo o amor, vão aparecendo medos cada vez maiores: “por cada medo que ultrapassamos, há outro maior à espreita”.
De onde vem esta força? Onde pode residir tanta determinação, coragem e realização?
Tudo isto encontramos dentro de nós. Para Rachel, “O Yoga foi a minha forma de chegar lá”.
“Intimidade e vulnerabilidade são coisas assustadoras para mostrar ao mundo. Mas a verdade é esta: se fazer algo de novo não lhe dá nem um pouco de medo, é porque não vale a pena. Os momentos maravilhosos, as situações em que nos encontramos que nos fazem crescer, evoluir e expandir o nosso coração – todas surgirão cobertas pelo fino véu do medo. Estamos a aventurar-nos no desconhecido e isto tem diferentes significados para cada um de nós. Avançar com amor, em vez de medo, requer coragem mas, porém, traz libertação. Esclarecimento. Alegria. Felicidade. Cura. Aceitação. Rendição. Gratidão. Magia. Liberdade.
Um sítio perfeito para treinar o afastamento do medo é o tapete do yoga.
Que posturas lhe metem medo? Para muitos, são os equilíbrios de braços, as posturas avançadas, as posturas invertidas, posturas que nos obrigam a ficar de cabeça para baixo. As inversões podem ser aterrorizantes; são um passo gigantesco para o desconhecido quando começamos a praticá-las e viram literalmente a nossa vida do avesso. Porém, estas posturas são tão poderosas; criam em nós um profundo sentimento de realização e confiança. A força que tenho no tapete e o espaço que criei no meu corpo são o resultado de muito trabalho duro mas acima de tudo de… libertação. Prendemos tanta emoção dentro do corpo. Praticar yoga é libertador – e, por isso, é tão difícil! Não por praticarmos movimentos diversos ou por inspirarmos para levantar isto e expirarmos para baixar aquilo. Mas por rasparmos a superfície do que não queremos ver; por revelarmos todos os medos e julgamentos que temos escondidos bem lá no fundo. Por nos ligarmos àquilo que é realmente verdade. Ao longo do caminho podemos adquirir alguma força, flexibilidade, inversões e flexões de costas e equilíbrios de mãos – mas isso são extras. Não são o objetivo da prática, a razão de regressarmos ao tapete todos os dias. À medida que aprofundo a minha prática de inversões, aprofundo também cada vez mais o meu amor-próprio. À medida que ganho força para me equilibrar firmemente sobre as mãos, ganho força para enfrentar qualquer coisa que o mundo ponha no meu caminho. À medida que liberto tensão das ancas, ombros e isquiotibiais, liberto medo, frustração, tristeza.”
“Pouco a pouco liberto a necessidade de controlar. À medida que aprendo a render-me no tapete, aprendo a render-me ao momento presente. É esta a prática. É acessível a qualquer pessoa, aqui e agora – mas temos de ser nós a fazer o trabalho. Ninguém o fará por nós. Não podemos adiá-lo.”
Partilho inteiramente desta visão inspiradora sobre o Yoga. São resultados reais apenas ao alcance dos mais determinados e resilientes, na sua prática assídua. Mas não são só as posturas mais desafiantes que nos trazem benefícios reais. O Yoga é para TODOS! Na verdade, o único pré-requisito necessário é: respirar. Tudo o resto vem com a prática. Algumas das primeiras conquistas fazem-se sentir ao nível da redução da ansiedade, quietude da mente, consciência de si e do que nos rodeia, alívio de dores, paz interior e energia… O Yoga é um caminho extraordinário para o coração. É lá que reside a nossa felicidade.
Rachel Brathen – Yoga Girl – como é conhecida, é um exemplo vivo que nos inspira a ser cada vez mais e melhor, alcançando o equilíbrio e a verdadeira felicidade, através do yoga.
Namaste.
Fiquei verdadeiramente curiosa sobre o yoga. Tenho ouvido de diversas fontes que é uma prática super saudável para encontrar equilíbrio e bem estar, mas a perspectiva da Yoga Girl deixou-me com ainda mais vontade de experimentar! Ótimo artigo, muito bem escrito.
Olá susana,
Grata pelo teu comentário.
Desde já, te convido a experimentar uma aula de Yoga. 😉
Feliz dia!