Impermanência. Transitoriedade. Mutabilidade. Efemeridade.
São possíveis respostas. Nada no Universo perdura para sempre. Tudo no Universo está em constante mutação. Há quem diga que a única coisa permanente é a impermanência de tudo (passo o paradoxo). Ora, se tudo é impermanente não devíamos ter apego por coisa alguma (pessoas, coisas, situações, sentimentos, pensamentos, etc.). O apego tem sempre o seu reverso: o sofrimento. Já que nada dura para sempre. Também é importante lembrar que não ter apego, não significa não estabelecer relação e sentimentos com o que nos rodeia. A relação e os sentimentos existem (caso contrário, seria indiferença), contudo, devemos procurar estabelecer e manter relacionamentos, pensamentos e sentimentos saudáveis. É o que faz toda a diferença. Livres do querer “ao nosso jeito” e receptivos “ao que vier”. Não precisamos criar expectativas para sabermos o que queremos. As expectativas facilmente degeneram em frustrações, ao passo que saber o que se quer permite-nos valorizar, nós, em primeiro lugar, e depois os outros. Depois, porque nada do que fazemos ou somos é verdadeiramente genuíno se primeiramente não o formos connosco próprios (este ensinamento de ouro nem sempre é facilmente entendido).
Quando existe valorização, existe respeito. Daí, ao entendimento e aceitação é um pequeno passo. Ao nos respeitarmos e valorizarmos (a nós e aos outros), ninguém nos pode ferir pois deixamos de delegar para os demais a responsabilidade da nossa felicidade e bem-estar. E quando assumimos a responsabilidade da nossa felicidade, passamos a assumir o controlo das nossas vidas, consequentemente, estabelecemos relacionamentos saudáveis, livres de apego, sentimentos de posse ou outros impedimentos à felicidade. Claro que tudo isto é um processo. Um caminho mais evidente para uns do que para outros.
É justamente a impermanência que possibilita a renovação do Universo. Aprendendo as lições de cada passo e saboreando cada movimento: os agradáveis e os supostos desagradáveis. Aceitar a polaridade da vida (positivo-negativo, feliz-triste, muito-pouco) é o que nos faz viver em plenitude. É o que nos ajuda a crescer em amor e sabedoria, porque percebemos que até o que aparentemente é “negativo” pode esconder uma grande bênção e felicidade. Percebidas somente quando corrompemos o ciclo vicioso da negatividade, confusão, vitimização e todos os sentimentos e pensamentos de inferioridade que bloqueiam e turvam a nossa verdadeira essência, o potencial do nosso SER.
Sejamos Felizes, fluindo com a vida! 🙂