Hoje, dia 21 de Junho, celebra-se o Dia Internacional do Yoga e também o Solstício de Verão. Adoro as quatro estações do ano mas o verão é aquela altura do ano irresistível… feita de noites quentes e dias longos. Adoro!… Mas o que quero partilhar convosco não é a minha paixão pelo verão mas o meu amor pelo Yoga.
Iniciei a prática de Yoga em Janeiro de 2013, com a formação de professores de Yoga Integral. Decidi fazer a formação de professores sem qualquer experiência no mundo Yogi. Pode não parecer muito sensato e estar longe de fazer sentido, mas a verdade é que (acredito) o Yoga já estava em mim desde o tempo de menina em que trepava candeeiros de rua, postes e ferros – aqueles de proteção entre estrada e passeios ou nos parques infantis. Trepava-os até a voz dos meus pais me deter. Lembro-me de trepar balizas de campos de futebol – na escola – para dar cambalhotas lá em cima ou prender os joelhos e soltar as mãos que ficavam a uma distância razoável do chão. Ficava de cabeça para baixo e, por vezes, soltava-me lá de cima. Uma parede equivalia a um ‘pino de braços’. ‘Pinos’, ‘pontes’, ‘rodas’… passava horas nisto, por entre os intervalos na escola. Estava sempre a inventar novas acrobacias. Gostava de sentir o movimento do corpo e testar as minhas capacidades. Gostava de me desafiar e superar.
Não era apenas o movimento que me atraía, também passava longos períodos quieta e em silêncio; e, lembro-me de não entender o conceito: ‘vazio’. Quando colocava as minhas questões, tinha uma resposta do género: “Diana, o vazio é o espaço que está entre as coisas e que não tem nada!”, como se de algo óbvio se tratasse. – “Mas o que é nada?… Nada não existe”. A conversa nunca cresceu muito mais que isto o que aumentava a minha curiosidade. Devia ter uns 7 ou 8 anos. Eu via uma espécie de luzinhas minúsculas brilhantes no suposto nada, o que agravava a minha compreensão do significado vazio. Imaginava se tudo fosse nada… como seria o mundo, o universo, se nada existisse. Era a minha maneira de conceber o vazio. Muitos anos mais tarde, quando conheci o fenómeno que a Física Quântica designa por continuum de tempo e espaço, tudo fez mais sentido.
Ainda hoje não percebo porque iniciei o Yoga tão tarde mas uma coisa sei: tudo acontece na altura certa. Hoje, com 36 anos, tenho mais flexibilidade mental, física e emocional do que em qualquer altura da minha vida. Sinto-me mais positiva e em harmonia do que nunca. Desenvolvi uma força em mim que, tantas vezes, me eleva às adversidades e me possibilita o equilíbrio mesmo quando o ‘chão’ não está seguro. Elevei os parâmetros da superação e reduzi os da limitação. Tenho uma relação com o meu corpo cada vez mais consciente, baseada no respeito e amor, nutrindo-o com pensamentos, sentimentos e alimentos saudáveis, repouso e movimento. Desenvolvi uma consciência de mim, dos outros e do mundo que há muito ansiava conhecer. E, apesar de todas as situações externas (nem sempre fáceis), conheci finalmente o significado de Liberdade. Liberdade e superação, são, sem dúvida, dois conceitos que traduzem o meu sentir e vivência no Yoga e na vida. Essa liberdade nasce de uma postura constante de olhar atento (aprendiz)- maravilho-me e pasmo-me com as descobertas e aprendizagens constantes. Mas não foi só a liberdade que recebi com o Yoga, também conheci o equilíbrio, realização, plenitude, amor, felicidade, evolução. Tudo isto, a par e passo com o meu crescimento no Reiki. Hoje, não me imagino a viver sem nenhum deles. Tais virtudes não se obtém definitivamente uma vez alcançadas. Pelo contrário, é uma conquista diária, por isso, o Reiki e o Yoga são filosofias de vida, fundadas em práticas consistentes.
Dias há, em que tudo isto parece falhar e a vontade de praticar é substituída por uma preguiça do tamanho do mundo e alimentação desregrada (doces, salgados). Tudo isto faz parte e é o que possibilita o equilíbrio. Está tudo bem. O importante mesmo é que estes dias sejam em número muito reduzido quando comparados com aqueles.
Iniciei-me na meditação em 2009. Depois no Reiki e, mais recentemente, no Yoga. São autênticos universos de sabedoria, conhecimento e transformação, apenas alcançáveis pelo estudo e prática consistentes. Hoje, posso afirmar (de coração Feliz) que estou no caminho certo: o meu caminho. Aprendo todos os dias a desfrutar da beleza das flores, dos espinhos e pedras desse caminho, com um deslumbramento e curiosidade de criança. Gosto de olhar para trás e ver o que percorri; de certa forma, inspira-me a continuar pois ainda agora comecei e há tanto para aprender e realizar. Para mim, quer o Yoga como o Reiki são a extensão daquilo que nos permitimos Ser.
ALGUMAS RAZÕES PORQUE AMO PRATICAR YOGA
– Desenvolve o poder da atenção e a arte da concentração
– Permite conhecer melhor o corpo, auscultá-lo, respeitá-lo e amá-lo
– Excelente ferramenta de autoconhecimento
– Energiza corpo e alma
– Faz relevar o importante em detrimento do supérfluo
– Aumenta a consciência que tenho de mim e dos outros
– Flexibiliza corpo, mente e espírito
– Dá-me força e confiança para enfrentar as adversidades da vida
– Ajuda a aceitar-me como sou e, ao fazê-lo, torno-me na pessoa que quero ser
– Mantém-me física, mental, emocional e espiritualmente saudável
– Torna-me mais capaz e resiliente
– Alimenta profundamente o coração, expandindo-o
– Faz-me Feliz
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Que maravilha Diana! Ás vezes fico a pensar porque é que comecei tão tarde a praticar ioga, aos 48 anos. E tal como o nascimento de um filho, existe um antes de e um depois de. Esta mudança está a ser tão boa. Ao ler o teu texto, estou a compreendê-lo tão bem. Namastê!
É isso mesmo, João… A.Y e D.Y 🙂
Nunca é tarde para aprender a viver e a Ser.
Muito grata pela tua partilha e por todo o crescimento que vocês (alunos) me possibilitam. São maravilhosos!
Feliz dia! Namaste _/|\_