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Criar o nosso Mundo

Já passaram 4 anos e 4 meses desde o dia que mudei a minha realidade. Também eu, à semelhança do comum mortal tinha um emprego das 9h às 18h e outro em pós-laboral e fins de semana. Apesar de tudo, sempre fiz tempo para me divertir e estar com quem gosto. Mas chegou o dia em que esta ‘corrida de ratos’ deixou de fazer sentido e trabalhar para pagar contas e ter dinheiro deixou de ser o mais importante. Afinal, qual o propósito de tudo isto?

Felizmente, ao invés de arrastar dentro de mim esta insatisfação dei ouvidos à minha voz interior que me dizia em tom cada vez mais audível, não estar no meu caminho. É desafiante sentir algo, com tanta certeza, dentro de nós que coloca em causa todo um sistema que ‘sempre foi assim’. Trabalha-se porque é assim. Sempre foi. Precisamos de ganhar dinheiro porque temos despesas para pagar e um consumismo para corresponder. Se somos felizes no que fazemos, isso é secundário. Se contraímos doenças devido a essa infelicidade… o que fazer? Temos que trabalhar, é a vida. E assim, se mantém a roda viva. Roda essa que alimenta verdadeiramente apenas uns e explora e manipula todos os restantes. É a vida, mas não é a vida que quero para mim e optei por criar a minha realidade.

Quando decidi corromper este sistema de obrigaçõesporquesim, senti um misto de liberdade e medo. Não tinha dúvida de que para mim o importante é Ser Feliz. Não no sentido alheado e fantástico do termo mas pragmático e sentido. Percebi que o que me realiza vai de encontro às necessidades de muitos e decidi criar e construir a minha realidade. Na altura, mal se ouvia falar em terapeuta de Reiki como profissão. Era algo destinado a uma minoria oculta e com muito misticismo à mistura. Dar aulas de Yoga também sempre encaixou bem num part-time ou para preencher tempos livres. Resolvi apostar nestas áreas com empenho e dedicação suficientes para me permitir trabalhar no que verdadeiramente me realiza e transcende.  E assim, saí da ‘corrida’ de um sistema que não lhe reconheço credibilidade e igualdade. Passei a não ter horários de trabalho, porque quaisquer 24 horas por dia são horas para trabalhar. A maioria dos fins de semana do ano passaram a ser dedicados à profissão. Deixei de ter ‘vencimento fixo’ (vim de uma realidade que me preparou muito bem para isto). E passei a ser muito mais Feliz!

Não se pense que a facilidade e leveza estiveram sempre presentes. O caminho não é linear e desbravar novos trilhos não é tarefa fácil. Senti a perda/afastamento de alguns familiares e amigos que não souberam apoiar e aceitar a minha nova condição. Aprendi a viver de acordo com o coração e a vida tem sido uma professora exímia. Há fases melhores que outras mas, como dizia o nosso Pessoa: o caminho faz-se caminhando.

Sou eternamente grata à vida por tudo o que me dá, ensina e permite transmitir a quem me rodeia. Agradeço genuinamente a todos os que consciente e inconscientemente dificultaram o meu percurso. A vocês, devo a minha resiliência, persistência e determinação. Agradeço de coração a todos os que me acompanham e enriquecem a minha vida. Obrigada por me fazerem melhor e mais Feliz. 🙂

Diana Feliz (181 Posts)

Diana Feliz, Terapeuta e Mestre de Reiki e Karuna. Professora de Yoga na Associação de Yoga Integral de Portugal. Fundadora do projeto SERFeliz, um projeto que nasce do coração. É lá que encontramos a nossa felicidade. Tem como pilares principais as técnicas e ensinamentos de dois métodos complementares: o Reiki e o Yoga, para inspirar pessoas a viver vidas mais felizes.


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